RESUMO DE LIVROS -PERRENOUD,
Philippe . DEZ NOVAS COMPETÊNCIAS
Resumo:
O ofício de professor deve
consagrar temas como a prática educativa, a profissionalização docente, o
trabalho em equipe, projetos, autonomia e responsabilidades crescentes,
pedagogias diferenciadas, e propostas concretas.
O autor toma como
referencial de competência adotado em Genebra, 1996, para uma formação
continua. O professor deve dominar saberes a serem ensinados, ser capaz de dar
aulas, de administrar uma turma e de avaliar. Ressalta a urgência de novas
competências, devido as transformações sociais existentes.. As tecnologias
mudam, o trabalho, a comunicação, a vida cotidiana e mesmo o pensamento. A
prática docência tem que refletir sobre o mundo. Os professores são os intelectuais
e mediadores, interpretes ativos da cultura, dos valores e do saber em
transformação. Se não se perceberem como depositários da tradição ou percursos
do futuro, não serão desempenhar esse papel por si mesmos.
O currículo deve ser
orientado para se designar competências,, a capacidade de mobilizar diversos
recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para enfrentar,
solucionar uma serie de situações.
Dez domínios de competências
reconhecidas como prioritárias na formação contínua das professoras e dos
professores do ensino fundamental.
1. Organizar e dirigir
situações de aprendizagem.
• Conhecer, para determinada
disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de
aprendizagem : nos estágios de planejamento didático, da analise posterior e da
avaliação.
• Trabalhar a partir das
representações dos alunos: considerando o conhecimento do aluno, colocando-se
no lugar do aprendiz, utilizando se de uma competência didática para dialogar
com ele e fazer co que suas concepções se aproxime dos conhecimentos
científicos;
• Trabalhar a partir dos
erros e dos obstáculos à aprendizagem: usando de uma situação-problema ara
transposição didática, considerando o erro, como ferramenta para o ensino.
• Construir e planejar
dispositivos e seqüências didáticas;
• Envolver os alunos em
atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento.
2. Administrar a progressão
das aprendizagens.
• Conceber e administrar
situações-problema ajustadas ao nível e as possibilidades dos alunos: em torno
da resolução de um obstáculo pela classe, propiciando reflexões, desafios,
intelectuais, conflitos sociocognitivos;
• Adquirir uma visão
longitudinal dos objetivos do ensino: dominar a formação do ciclo de
aprendizagem, as fases do conhecimento e do desenvolvimento intelectual da
criança e do adolescente, além do sentimento de responsabilidade do professor
pleno conjunto da formação do ensino fundamental;
• Estabelecer laços com as
teorias subjacentes às atividades de aprendizagens;
• Observar e avaliar os alunos
em situações de aprendizagens;
• Fazer balanços periódicos
de competências e tomar decisões de progressão;
• Rumar a ciclos de
aprendizagem: interagir grupos de alunos e dispositivos de ensino-aprendizagem.
3. Conceber e fazer evoluir
os dispositivos de diferenciação.
• Administrar a
heterogeneidade no âmbito de uma turma, com o propósito de grupos de
necessidades, de projetos e não de homogeneidade;
• Abrir, ampliar a gestão de
classe para um espaço mais vasto, organizar para facilitar a cooperação e a
geração de grupos multiidades.;
• Fornecer apoio integrado,
trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades, sem todavia
transforma-se num psicoterapeuta;
• Desenvolver a cooperação
entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo, provocando
aprendizagens através de ações coletivas, criando uma cultura de cooperação
através de atitudes e da reflexão sobre a experiência.
4. Envolver os alunos em sua
aprendizagem e em seu trabalho.
• Suscitar o desejo de
aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e
desenvolver na criança a capacidade de auto-avaliação. O professor deve ter em
mente o que é ensinar, reforçar a decisão de aprender, estimular o desejo de
saber, instituindo um conselho de alunos e negociar regras e contratos;
• Oferecer atividades
opcionais de formação, à la carte;
• Favorecer a definição de
um projeto pessoal do aluno, valorizando-os e reforçando-os a incitar o aluno a
realizar projetos pessoais, sem retornar isso um pré-requisito.
5. Trabalhar em equipe.
• Elaborar um projeto de
equipe, representações comuns;
• Dirigir um grupo de
trabalho, conduzir reuniões;
• Formar e renovar uma
equipe pedagógica;
• Enfrentar e analisar em
conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais.
• Administrar crises ou
conflitos interpessoais.
6. Participar da
administração da escola.
• Elaborar, negociar um
projeto da instituição;
• Administrar os recursos da
escola;
• Coordenar, dirigir uma
escola com todos os seus parceiros (serviços para escolares, bairro,
associações de pais, professores de línguas e cultura de origem);
• Organizar e fazer evoluir,
no âmbito da escola, a participação dos alunos.
7. Informar e envolver os
pais.
• Dirigir reuniões de
informação e de debate;
• Fazer entrevistas;
• Envolver os pais na
construção dos saberes.
8. Utilizar novas
tecnologias.
As novas tecnologias da
informação e da comunicação tranformam as maneiras de se comunicar, de
trabalhar, de decidir e de pensar. O professor predica usar editores de textos,
expplorando didáaticas e pogramas com objetivos educacionais.
• Discutir a questão da
informática na escola;
• Utilizar editores de
texto;
• Explorar as
potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino;
• Comunicar-se à distância
por meio da telemática;
• Utilizar as ferramentas
multimídia no ensino.
Assim, quanto à oitava
competência de Perrenoud, que trabalhos nessa pesquisa, a Informática na
Educação, nos fez perceber que cada vez mais precisamos do computador, porque
estamos na era da informatização e por isso é primordial que nós profissionais
da educação estejamos modernizados e acompanhando essa tendência, visto que
assim como um simples pagamento no banco, utilizamos o computador , para
estarmos atualizados necessitamos obter mais esta competência para se fazer uma
docência de qualidade.
9. Enfrentar os deveres e os
dilemas éticos da profissão.
• Prevenir a violência na
escola e fora dela;
• Lutar contra os
preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais;
• Participar da criação de
regras de vida comum referente á disciplina na escola, às sanções e à
apreciação da conduta;
• Analisar a relação
pedagógica, a autoridade, a comunicação em aula;
• Desenvolver o senso de
responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.
10. Administrar sua própria
formação contínua.
• Saber explicitar as
próprias práticas;
• Estabelecer seu próprio
balanço de competência e seu programa pessoa de formação contínua;
• Negociar um projeto de
formação comum com os colegas (equipe, escola, rede);
• Envolver-se em tarefas em
escala de uma ordem de ensino ou do sistema educativo;
• Acolher a formação dos
colegas e participar dela.
Conclusão: Contribuir para o
debate sobe a sua profissionalização, com responsabilidade numa formação continua.
Em 1999, a UNESCO solicitou
ao filósofo Edgar Morin - nascido na França, em 1921 e um dos maiores expoentes
da cultura francesa no século XX - a sistematização de um conjunto de reflexões
que servissem como ponto de partida para se repensar a educação do século XXI.
Os sete saberes
indispensáveis enunciados por Morin, objeto do presente livro:
- as cegueiras do
conhecimento: o erro e a ilusão;
- os princípios do
conhecimento pertinente;
- ensinar a condição humana;
- ensinar a identidade
terrena;
- enfrentar as incertezas;
- ensinar a compreensão;
- a ética do gênero humano,
são eixos e, ao mesmo tempo,
caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem educação e que estão
preocupados com o futuro das crianças e adolescentes.
O texto de Edgar Morin tem o
mérito de introduzir uma nova e criativa reflexão no contexto das discussões
que estão sendo feitas sobre a educação para o Século XXI.
Aborda temas fundamentais
para a educação contemporânea, por vezes ignorados ou deixados à margem dos
debates sobre a política educacional.
Sua leitura levará à revisão
das práticas pedagógicas da atualidade, tendo em vista a necessidade de situar
a importância da educação na totalidade dos desafios e incertezas dos tempos
atuais.
Seus capítulos - ou eixos -
expõem a genialidade, clareza e simplicidade do filósofo Morin, num texto
dedicado aos educadores, em particular, mas acessível a todos que se interessam
pelos caminhos a trilhar em busca de um futuro mais humano, solidário e marcado
pela construção do conhecimento.
I - As cegueiras do
conhecimento: o erro e a ilusão
É impressionante que a
educação que visa a transmitir conhecimentos seja cega ao que é conhecimento
humano, seus dispositivos, enfermidades, dificuldades, tendências ao erro e à
ilusão e não se preocupe em fazer conhecer o que é conhecer.
De fato, o conhecimento não
pode ser considerado uma ferramenta "ready made", que pode ser
utilizada sem que sua natureza seja examinada. Da mesma forma, o conhecimento
do conhecimento deve aparecer como necessidade primeira, que serviria de
preparação para enfrentar os riscos permanentes de erro e de ilusão, que não
cessam de parasitar a mente humana. Trata-se de armar cada mente no combate
vital rumo à lucidez.
É necessário introduzir e
desenvolver na educação estudo das características cerebrais, mentais,
culturais dos conhecimentos humanos, de seus processos e modalidades, das
disposições tanto psíquicas quanto culturais que o conduzem ao erro ou à
ilusão.
O calcanhar de Aquiles do conhecimento
A educação deve mostrar que
não há conhecimento que não esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela
ilusão. O conhecimento não é um espelho das coisas ou do mundo externo. Todas
as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base
em estímulos ou sinais captados pelos sentidos. Resultam, daí, os inúmeros
erros de percepção que nos vêm de nosso sentido mais confiável, a visão.
Ao erro da percepção
acrescenta-se o erro intelectual
O conhecimento, como
palavra, idéia, de teoria, é fruto de uma tradução/construção por meio da
linguagem e do pensamento e, por conseguinte, está sujeito ao erro. O
conhecimento comporta a interpretação, o que introduz o risco de erro na
subjetividade do conhecedor, de sua visão de mundo e de seus princípios de
conhecimento.
Daí os numerosos erros de
concepção e de idéias que sobrevêm a despeito de nossos controles racionais. A
projeção de nossos desejos ou de nossos medos e pás perturbações mentais
trazidas por nossas emoções multiplicam os riscos de erro.
O desenvolvimento do
conhecimento científico é poderoso meio de detecção de erros e de luta contra
as ilusões. Entretanto, os paradigmas que controlam a ciência podem desenvolver
ilusões, e nenhuma teoria científica está imune para sempre contra o erro. Além
disso, o conhecimento científico não pode tratar sozinho dos problemas
epistemológicos, filosóficos e éticos.
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